Negociando para convencer

26 de Novembro de 2014

A importância do líder vem sendo diluída ao longo do tempo, através da responsabilidade compartilhada com seus liderados

No corpo humano, o sucesso de cada órgão depende de sua capacidade de “negociar” com os demais, em prol do bom funcionamento do organismo.
De maneira similar, a importância da negociação em todas as situações vem sendo motivo de acaloradas discussões com vistas ao desenvolvimento e crescimento das organizações.
Enquanto, no Século XX, a potência de um país era medida pelo que ele poderia destruir, hoje, a verdadeira força deve ser medida pelo que somos capazes de construir juntos.
O “vencer” dá lugar ao “convencer” ou vencer com, ao mesmo tempo em que a confrontação dá espaço à cooperação, onde somamos esforços, através do compartilhamento das decisões, em busca da multiplicação de valores em comum.

Da mesma forma, o ambiente de trabalho que antes se constituía em um amontoado de “ilhas de competência”, transita para o que chamamos hoje de “arquipélagos de excelência”, ou seja, departamentos diferentes que interagem eficientemente entre si de forma a criar a melhor sinergia e ganho conjunto possíveis.
Torna-se latente e potencialmente importante a habilidade de formarmos genuínas redes de negociação com vistas ao melhoramento dos processos e relacionamentos internos e, de igual forma, junto aos nossos parceiros e clientes.

Devemos, para isso, nos tornar seres humanos cada vez mais hábeis na arte da “escutatória”, desvinculando-nos do paradigma de desenvolvermos somente nossa oratória. Treine como se quisesse ir às Olimpíadas nessa “modalidade”. Afinal, “estar preparado é metade da vitória”, como disse Miguel de Cervantes Saavedra.
Negociar, por fim, nunca é uma questão de decidir quem está certo ou errado, mas, sim, de entender o ponto de vista do outro e avançar em conjunto. Muitas vezes, nos concentramos no que vamos dizer e acabamos não ouvindo o outro lado.

Cultivemos uma relação salutar, construindo pontes por onde andarmos e em todas as direções e sentidos que conseguirmos.
Otimizando as soluções e tirando proveito das diferenças, bem como sendo brando com as pessoas e firme com os problemas, conseguiremos, através de negociações positivas, maximizar os resultados e lograrmos ganhos mútuos e múltiplos.

Tempo é dinheiro, diriam os mais antigos. Tempo é relacionamento, dizem os negociadores e fazedores de história de hoje!
Vá… e convença!

Márcio Alcântara Pinto é Gerente de Relacionamento da distribuidora SV Elétrica